24/06/2010

MÃO PESADA

por Tony Descrença - Nos anos 80, conheci uma garota que não gostava da revista Veja e muito menos da Visão. Preferia a Manchete por causa daquelas fotografias enormes que, às vezes, chegavam a ocupar duas páginas inteiras.

Hoje em dia, o mesmo acontece na Internet mais conhecida dos brasileiros. Tudo o quê bomba na rede é imagético e iletrado. Uma legenda, no rodapé, só para o caso de o leitor sentir orgulho de ter completado o fundamental.

Reza a lenda que o povo que mais usa a Internet é o brasileiro. Pra quê? Pra ver filminho idiota no Youtube? Fofoca de artista naquele site do Gugu? Pra ver a lista dos 10 jogadores mais tatuados em campo na África do Sul?

A minha noção de conteúdo, cada vez mais, distancia-se da noção que a maioria dos internautas têm sobre conteúdo.

Queopariu! Fodeu. Acabo de atravessar a cota de caracteres que um brasileiro tolera numa única postagem. Daqui pra frente, nada importa. Minha única salvação é o apelo da imagem.
Queopariu! Disseram, mesmo, que leva tempo até acertar a mão. Alguém aí tem cabeça pra continuar? Exagerei.

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