A força da prosa e da poesia são as imagens. Aliás, a narrativa pode ser descrita como fragmentos de ação logicamente odenados e conectados como fotogramas de um filme que, rodados em série, na exata velocidade, reestabelecem os movimentos e recriam a vida. A força de uma narrativa, portanto, não só está nas imagens que o escritor adota de maneira adequada, mas também no modo como ele consegue intercalar tais imagens numa urdidura perfeita de ações. Cada imagem no seu devido lugar - entre gestos friamente calculados. É assim - e somente assim -, raciocinando mais ou menos como um diretor cinematográfico sem câmera, que o escritor trabalha. Ações e imagens concatenadas no tempo e no espaço sem que o fio da história seja interrompido, sem que este se mova aos trancos, do início ao fim.
Natural
Há 13 anos
Olá, obrigada pela visitinha ao meu blog.
ResponderExcluirEu visitei o seu primeiro e adorei!
Realmente, com relação ao post que você comentou, pouquíssimos saberiam responder a essa enquete. Aliás, muitos do que se auto-denominam religiosos por aí teriam dificuldade até de responder a diferença entre 'religião' e 'religiosidade', por exemplo.
Também já sou seguidora da sua página.
Adorei o quanto os seus textos são essencialmente sarcásticos. Além de trazer críticas bem fundamentadas.
Abraços.
Pra ajudar o diretor também tem o roteirista, figura completamente esquecida.
ResponderExcluirNão sei se concordo com as suas palavras, sinceramente. Se bem que até para o abstrato é preciso de algo concreto.
Sempre preferi ver o escritor como um pintor; não sei se tem diferenças entre o pintor e o diretor de cinema, ou o escritor, o escultor. No fundo todo mundo bebe da mesma fonte: si mesmo.
Agora, quanto a "forma adequada", desde que não fundamentada em dogmas, presunções e coisas desse jaez, eu acho válido. É preciso inovar, sempre.
Um grande abraço e parabéns pelos seus textos.
André