23/06/2009

A urdidura

MMMMMMMMMM

A força da prosa e da poesia são as imagens. Aliás, a narrativa pode ser descrita como fragmentos de ação logicamente odenados e conectados como fotogramas de um filme que, rodados em série, na exata velocidade, reestabelecem os movimentos e recriam a vida. A força de uma narrativa, portanto, não só está nas imagens que o escritor adota de maneira adequada, mas também no modo como ele consegue intercalar tais imagens numa urdidura perfeita de ações. Cada imagem no seu devido lugar - entre gestos friamente calculados. É assim - e somente assim -, raciocinando mais ou menos como um diretor cinematográfico sem câmera, que o escritor trabalha. Ações e imagens concatenadas no tempo e no espaço sem que o fio da história seja interrompido, sem que este se mova aos trancos, do início ao fim.

2 comentários:

  1. Olá, obrigada pela visitinha ao meu blog.
    Eu visitei o seu primeiro e adorei!

    Realmente, com relação ao post que você comentou, pouquíssimos saberiam responder a essa enquete. Aliás, muitos do que se auto-denominam religiosos por aí teriam dificuldade até de responder a diferença entre 'religião' e 'religiosidade', por exemplo.

    Também já sou seguidora da sua página.
    Adorei o quanto os seus textos são essencialmente sarcásticos. Além de trazer críticas bem fundamentadas.

    Abraços.

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  2. Pra ajudar o diretor também tem o roteirista, figura completamente esquecida.
    Não sei se concordo com as suas palavras, sinceramente. Se bem que até para o abstrato é preciso de algo concreto.
    Sempre preferi ver o escritor como um pintor; não sei se tem diferenças entre o pintor e o diretor de cinema, ou o escritor, o escultor. No fundo todo mundo bebe da mesma fonte: si mesmo.
    Agora, quanto a "forma adequada", desde que não fundamentada em dogmas, presunções e coisas desse jaez, eu acho válido. É preciso inovar, sempre.

    Um grande abraço e parabéns pelos seus textos.

    André

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