Diploma de jornalismo ou dons e liberdade aprisionados?

Elenilson Nascimento postou um artigo no seu blog Literatura Clandestina, MOVIMENTO A FAVOR DOS JORNALISTAS SEM DIPLOMA e RG comentou. Leia o post AQUI e acompanhe a repercussão no Literatura Clandestina. Abaixo, republico o comentário revisado e aperfeiçoado.

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RG disse...
Quando o jornal foi inventado na França iluminista, tinha o nome de Correspondance Littéraire e correspondia (!), mesmo, a uma correspondência que intelectuais (ou correspondentes) enviavam dos afastados rincões do país, a respeito de assuntos tão variados como agricultura, clima, mortes, festejos, tragédias locais, eventos sociais, etc, para a capital, Paris. Como destinatários, havia nobres, clérigos (que, num dia próximo, haveriam de cair com a Bastilha e também os futuros revolucionários, pessoas ilustradas que se revoltavam contra o sistema. Voltaire e Diderot, a dizer, eram “repórteres” desse proto-jornalismo numa época (séc. XVIII) em que também nasciam as noções básicas de tudo o que hoje conhecemos a respeito de Direitos Humanos, Liberdade, Igualdade, etc, ou seja, todo aquele papo que os “meganhas” de qualquer autoritarismo simplesmente abominam e desejam abafar com todas as suas forças. Como se vê, não é preciso ter grande erudição para entender um raciocínio como o defendido por Elenilson Nascimento (vide post comentado: AQUI) e outras criaturas raramente sensatas deste país (inclusive os deliberadores do STF). Quem não sabe o que foi a ditadura, isto é, quem nasceu depois e entrou na universidade biônica (para os “especialistas” que não sabem, termos como “governador biônico” foram exaustivamente usados na época dos generais – dica: basta que você, portador - ou em vias de ser... - do canudo biônico, faça uma pequena revisão bibliográfica sobre o assunto) defende o diploma. Gado. São gado (às vezes com certa erudição de botequim - a mesma dos seus mestres doutores em teorias-cabresto, que se posicionam como herdeiros da luta armada e dos mártires dos 60 e 70 só porque leram Fernando Gabeira, Antônio Callado e Zuenir Ventura, votaram no Lula e votarão na Dilma), mas gado querendo ser eternamente gado neste imenso curral chamado Brasil. Cerca neles! Querem ração balanceada e confinamento? Eu não! Quero Liberdade, Igualdade e Variedade, tristes medíocres masoquistas! Eu e quem mais, neste país, tem o que dizer e procura dizer com propriedade, fundamentação e respeito: queremos espaço, prelo e microfone! Roger Guilherme Torremolinos (ou Heterônimo De Um Indignado) 26 de Junho de 2009 05:52